sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ideias força - mobilidade e transportes

Dada a natureza favorável do relevo, as deslocações em bicicleta dentro do centro histórico e áreas limítrofes permitem encarar esta solução como um modo de transporte de uso quotidiano dentro deste perímetro que deverá ser estimulado complementarmente com soluções articuladas de transportes públicos que percorram este mesmo circuito que, por sua vez, se encontrem articulados com as áreas de estacionamento periférico e os sistemas de transporte público de média e longa distância.

Nos períodos de actividade nocturna (cultura e lazer) em que a pressão do estacionamento não é tão forte nem a sustentabilidade de um sistema de transportes públicos viável, deverão ser encontradas formas de aparcamento tendencialmente gratuito na cidade que estimulem essas mesmas actividades.

Propostas:

Criação de uma rede de ciclóvias (plano ciclável) a implementar progressivamente em toda a cidade articulada com espaços de parqueamento de longa duração (deixar a bicicleta durante a noite e fins de semana). Organizar os trajectos cicláveis partindo dos locais de estacionamento até junto dos principais equipamentos (escolas, serviços públicos, estação intermodal de transportes…etc.)

Renegociação ou criação de estacionamento na cidade de modo a que esta possa dar uma resposta mais efectiva às necessidades e possibilidades do cidadão comum (tendencialmente gratuito em período nocturno) que estimulem o comércio local, os serviços e a residência.

Redefinição do trajecto, preço e horário dos autocarros eléctricos urbanos de modo a articular verdadeiramente o centro da cidade com bolsas de estacionamento periféricas existentes ou a criar.
A mobilidade deve ser entendida de forma inclusiva pelo que, apesar da obrigatoriedade do cumprimento da legislação da acessibilidade a cidadãos com mobilidade condicionada, a sua implementação é, naturalmente, demorada e pontual na exacta medida das sucessivas intervenções.

Assim, torna-se urgente a elaboração de um “mapa de mobilidade” permanentemente actualizado que progressivamente dê pistas para as barreiras a eliminar mais precocemente de modo a que progressivamente possamos alargar a mancha de mobilidade urbana. Esta “mancha de mobilidade” deve, inicialmente, ter como base os pontos de origem como sejam as estações de transportes públicos, os parques de estacionamento ou os locais onde residem concentradamente um maior número de pessoas nessas condições (lares para idosos) e, prioritariamente, expandirem-se em direcção aos serviços públicos e progressivamente a toda a cidade.

Propostas:
Criação, implementação e divulgação progressiva de um plano inclusivo para os cidadãos com mobilidade condicionada eliminando sucessivamente, a partir dos pontos de acesso, todas as barreiras arquitectónicas no espaço público, serviços e equipamentos.

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